Porque é melhor um político que nasceu rico à um que veio da classe média?

Senta que lá vem textão.

Em toda véspera de eleição, costuma-se ouvir bastante críticas de vários lados. Uns defendendo o candidato porque ele fez uma boa campanha um dia em algum lugar, outros defendendo porque o primo do amigo falou que o cara é bom, etc. O que ultimamente não acontecia e que agora virou praxe, talvez porquê o Brasil está mais dividido do que nunca, é reclamar da situação financeira do candidato.

O TSE obriga que todos os candidatos tenham 100% dos seus bens declarados para efetivar a sua candidatura, o que é, de certo modo muito benéfico, pelo menos para a análise que vamos fazer.

Existem várias situações, cada uma com seus prós e contras. Vamos aos fatos:

Candidato que nasceu de classe média e continua na classe média, mesmo envolvido com política há anos.

Atenção, fuja desse sujeito. Se ele já trabalha com política há bastante tempo (principalmente se for como deputado federal) e declarou uma mixaria de bens, atenção, você pode estar sendo enganado, por dois motivos: a) ou ele é um péssimo administrador de contas, pois supondo que ele seja honesto (cóf) e não ganha assim tão mal, estando algum tempo na política, ele ja poderia ter juntado algum dinheiro, investido, aplicado e ter um patrimônio razoável. Se não o fez, é por pura incompetência, ou seja, não serve pra assumir um cargo de prefeito, governador, ou presidente. Uma segunda versão desse sujeito é ainda pior: O sujeito pode sim ser rico, milionário, e ter usado “laranjas” para assumir seus bens e riquezas. Este é o mais preocupante de todos pois é ladrão e malandro. Mais uma vez, fujam!Candidato que nasceu de classe média e agora é milionário.

Sujeito perigoso também. Talvez menos que o anterior, mas sim, contém sua dose perigosíssima de veneno. Geralmente bom de papo, leva multidões a acreditar que com um país melhor, todos podem um dia sair do zero como ele saiu e ser alguém na vida. Não que não possa, pelo contrário, mas este fulano provavelmente praticou algum ato ilícito, seja falsificando documentos, sonegando impostos ou, na pior hipótese, ser corrupto.

Abrir empresa fantasma para lavagem de dinheiro, inclusive no exterior é uma pratica comum entre corruptos. Afinal, eles não podem gastar tudo que roubam e tem que guardar esta fortuna de alguma forma.

Portanto, empresas que nasceram do dia pra noite, igrejas (que inclusive são isentas) e ongs que faturam muito alto em pouco tempo, deveriam, na minha opinião ser investigadas.

Candidato que nasceu rico e hoje não é mais tão rico.

Porque podemos considerar este candidato perigoso? Essa é simple de responder: Se ele não era político antes e ficou pobre é um péssimo administrador e provavelmente está entrando pra carreira política, única e exclusivamente, para roubar o seu pobre dinheirinho.

Candidato que nasceu rico e hoje continua rico.

Tem seus riscos, afinal ele tem experiência e gosta muito de dinheiro, de fazer fortuna. Mas entre os 4 “modelos” citados talvez seja o menos nocivo. Claro que ele também pode ser um péssimo administrador e ao mesmo tempo ladrão, por isso manteve a sua fortuna. Mas também pode ser exatamente ao contrário. Um ótimo administrador,  como exemplo temos Arnold Schwarzenegger como Governador da California nos EUA. Ele já era um homem extremamente rico que não precisava roubar nenhum centavo a mais e fez, de certa forma, um governo aceitável por lá (No início ele se demonstrou muito rígido e duro, cheio de regras e não foi bem aceito pela população da California, que pode ser considerada bem “descolada”, contudo, mudou seu modo de agir e continuou no governo). Talvez ele não precise e nem queira mais roubar. Talvez ele encare a carreira política como um desafio. Alguns executivos bem sucedidos, simplesmente mudam de área, de carreira ou até praticam um esporte diferente, apenas pelo fator desafio.

Hoje vejo uma parte da população, que reclama de qualquer candidato que seja rico, simplesmente pelo fato dele ser … rico! E simplemente esquecem, ou ignoram todos os outros fatores que devem ser analisados em um candidato, como ficha limpa, bens antes de depois de entrar pra política, propostas, reformas, etc.

E você? Prefere qual modelo de candidato?